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A Monarquia Portuguesa existiu entre os anos de 1143 e 1910 e pretendo trazer uma série de artigos para contar a história desses Reinados, de momento trago um resumo sobre as Dinastias que tiveram na Monarquia e mais para frente quero destacar as histórias dos Reis e Rainhas, a começar pelas Rainhas.

Dinastia de Borgonha (1143-1383)

A Dinastia de Borgonha é também chamada Afonsina, porque nessa dinastia existiram quatro Reis com o nome Afonso, começando pelo primeiro Rei de Portugal, o Dom Afonso Henriques.

Porém foi apenas em 1179 que o Papa Alexandre III reconheceu que Portugal era um Estado independente, o que tornou Dom Afonso Henriques em Dom Afonso I e foi assim que começou a Monarquia Portuguesa.

Em 1185, D. Sancho I assumiu o trono e continuou o processo de Reconquista da Península Ibérica sob domínio mouro.

Em 1211, D. Afonso II assumiu o trono e no seu reinado foram criadas as primeiras leis escritas e pela primeira vez reunidas cortes com representantes do clero e nobreza.

Em 1223, D. Sancho II assumiu o trono e herdou dos reinados anteriores problemas com a Igreja. Foi um período conturbado de quase anarquia que levou o papa a intervir e a pedir ao irmão de Sancho, Afonso, conde de Bolonha, para reinar em Portugal.

Em 1248, D. Afonso III subiu ao trono e terminou com a presença muçulmana em Portugal, e garantiu que o titulo se transformasse para Rei de Portugal e do Algarve.

Em 1279, D. Dinis, filho de Afonso III, começou um processo de exploração da terra do reino. Contribuiu para o desenvolvimento da poesia na Península Ibérica. Dizem que foi o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.

Em 1325, Afonso IV, seu reinado ficou marcado por conflitos com Castela, reformas administrativas e a peste negra.

A Dinastia acabou após a morte de D. Fernando, que assumiu o trono em 1367. Após a sua morte, a Rainha Leonor Teles, se tornou regente do trono até que sua filha mais velha tivesse um filho legítimo. Porém, a filha do casal era prometida para um Rei Espanhol, o que daria a soberania de Portugal a outro reino.

Os nobres e o povo não gostavam da Rainha Leonor Teles, por várias razões e resolveram se rebelar, foi aí que surgiu a Revolução de Avis.

Veja mais sobre a história da Rainha Leonor Teles, nesse artigo.

Dinastia de Avis (1385-1581)

Foi na Dinastia de Avis que Portugal inicia as grandes navegações e com o passar do tempo começa a colonizar terras em outros continentes e comercializar com outras nações e povos pelo mar.

Em 1385, D. João assumiu o trono em frente a Corte em Coimbra. Foi o primeiro rei de Portugal eleito pelas Cortes, nas quais os três estados participaram, o da nobreza, do clero e o dos povos.

D. João I se casou com D. Filipa de Lencastre e tiveram cinco filhos: D. Duarte, D. Pedro, D. Henrique, D. João e D. Fernando. O casal os educou para que tivessem conhecimento das mais diversas áreas.

No livro Os Lusíadas, de Camões, o autor denomina os filhos de D. João como a Ínclita Geração, os feitos deles na expansão marítima, na cultura e nas artes e, até, nas novas técnicas aplicadas na governação do país, fizeram toda a diferença.

A Dinastia acabou quando o Cardeal-rei D. Henrique em 1580 morreu e não deixou herdeiros legítimos.

Dinastia de Habsburgo/Filipina (1580-1640)

A família de Habsburgo foi uma das mais famosas da Europa entre os séculos XIII e XX. Foram os soberanos na Espanha, nos Países Baixos, de Borgonha, dos reinos de Nápoles, da Sicília e da Sardenha, da Boêmia, da Hungria e da Croácia, do Ducado de Milão e de Portugal.

Foi nesse momento que A Monarquia Portuguesa se transformou em União Ibérica. A Dinastia Filipina reinou em Portugal durante o período de união entre Portugal e a Espanha, isto é, em que o Rei de Espanha era simultaneamente o Rei de Portugal.

Prior do Crato, o neto ilegítimo de D. Manuel I, não podia ser rei de Portugal, já seu tio-avô o Cardeal-rei D. Henrique, também morreu sem deixar herdeiros legítimos. Mesmo assim, ele não desistiu facilmente, mas foi derrotado pela família de Habsburgo.

Foram três Reis da Dinastia Habsburgo, que acabou ficando conhecida como a Dinastia Filipina, porque os três se chamavam Filipe.

Filipe I de Portugal e II de Espanha (1580-1598): Ele era o filho da primogênita do rei D. Manuel, com seu marido Carlos V, sendo o neto legítimo, assumiu o trono. Filipe precisou mostrar que merecia o trono, atitude que ele teve quando reuniu um exército e o mandou atrás do Prior do Crato.

Filipe tentou não intervir muito na política interna de Portugal e colocou o Duque de Alba para ser o seu representante no governo. Filipe tinha prometido respeitar as leis e as isenções e nunca escolher um governador que não fosse português ou um membro da Família Real.

Filipe II de Portugal e III de Espanha (1598-1621): Ele era o filho do rei Filipe II de Espanha e sua quarta esposa, Ana da Áustria.

A reputação de Filipe não era nada boa, principalmente, porque confiava muito no seu ministro-chefe, o Duque de Lerma, que era corrupto. Ele recebeu muitas críticas na época e para muitos, a culpa da queda da Espanha e as dificuldades econômicas que surgiram durante os primeiros anos de seu reinado.

Filipe III de Portugal e IV de Espanha (1621-1640): Ele era o filho mais velho de Filipe III e sua esposa, Margarida da Áustria.

Filipe era considerado enérgico, um bom cavaleiro, um caçador afiado e um devoto das touradas. Ele frequentou academias, salões literários para analisar literatura e poesia contemporâneas e era apaixonado por teatro.

Seu reinado foi celebrado, já que fez uma reforma administrativa ao remover os últimos membros da família Lerna e reestruturou o Conselho da Fazenda e reduziu o conselho do rei para quatro conselheiros.

Como o Tesouro estava muito degastado após anos de corrupção, Filipe criou leis contra o luxo e a justiça passou a ser controlada.

E foi em 1640, que uma conspiração liderada pela nobreza proclamou o Duque de Bragança como rei João IV de Portugal. Quando houve a Revolução para Restaurar a Independência de Portugal, D. Filipe estava em batalha com a Catalunha e não tinha recursos para defender seu reinado em Portugal.

E todo ano no dia 01 de Dezembro é comemorado o Dia da Restauração da Independência de Portugal.

Dinastia de Bragança (1640-1820)

Foi a Dinastia mais longa da Monarquia Portuguesa e com muita influência e importância na Europa e no mundo até ao início do século XX.

A Dinastia de Bragança foi a quarta e última dinastia de reis e rainhas portugueses, essa dinastia é representada pela Casa de Bragança, Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e no Império do Brasil.

Em Portugal, as mulheres podiam ser herdeiras e subirem ao trono. Porém, essa determinação causou uma pequena confusão na história:

Os historiadores acreditavam que a Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha surgiu quando Maria II, subiu ao trono, o que seria contra a Lei Sálica, que era a lei seguida pelos países estrangeiros. Seguindo essa linha, a dinastia da Casa Bragança foi interrompida.

Porém, como as mulheres podiam se tornar Rainhas em Portugal, seguindo as leis hereditárias tradicionais portuguesas, a Dinastia da Casa Bragança era legítima, passou para D. Maria II e para os seus herdeiros, continuando a existir a original Casa de Bragança e não um outro ramo da Dinastia.

O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi o nome dado para o Reino de Portugal e Algarve, o Brasil foi acrescentado quando a família Real se mudou de Portugal para a colônia. O objetivo foi transformar o Brasil em reino para se unir juridicamente ao Reino de Portugal e dos Algarves.

O período do Império no Brasil durou até a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822.

Muita coisa não é mesmo? Vou deixar aqui um resumo desse período da Monarquia Portuguesa e farei um artigo completo a Dinastia Bragança em breve.

Monarquia Constitucional (1820-1910):

Começou após a aprovação da Constituição de 1822, que foi um resultado da Revolução Liberal de 1820 e terminou com a Implantação da República Portuguesa.

Na Monarquia Constitucional, o Rei precisa agir de acordo com as leis e a constituição e não de acordo com a sua vontade. O Rei define quem seriam os primeiros ministros. Foi quando os três poderes políticos: legislativo, executivo e judicial ficaram mais ativos.

Depois da morte de D. João VI, em abril de 1826, D. Pedro IV outorga a Carta Constitucional, onde ficam instituídas as Cortes Gerais e consagra como representantes da Nação, o Rei e as Cortes Gerais e procura um compromisso entre os ideais liberais expressos na anterior Constituição e as prerrogativas reais.

Passou a existir a Câmara dos Pares, com 72 pessoas indicadas pelo Reino e a Câmara dos Deputados, onde as pessoas eram eleitas após eleição. Nessa época só podia votar quem tinha uma renda mínima de duzentos mil réis e para se ser eleito deputado existia a exigência de renda mínima de quatrocentos mil réis.

O período da legislatura era de quatro anos, tendo a sessão legislativa a duração de três meses prorrogáveis pelo Rei. Já o poder legislativo pertencia às Cortes, mas o Rei tinha o poder de veto efetivo, sanção real, com efeito absoluto.

Surgiram os partidos políticos, o Partido Progressista Histórico e o Partido Regenerador. Anos depois surgiu o Partido Republicano Português que defendia a contestação à monarquia.

Em 1910, nas últimas eleições da Monarquia, os republicanos conseguiram eleger 14 Deputados para as Cortes. E foi aí que surgiu a revolta para a Implantação da República.

O que achou de conhecer mais sobre A Monarquia Portuguesa?

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