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O Palácio Nacional de Queluz, é o monumento que mais tem a sua história conectada com a história do Brasil. Foi o Palácio Real no século, XVIII e XIX, e foi construído nos estilos Barroco, Rocaille e Neoclássico.

Foi nesse Palácio que nasceu e morreu o nosso Dom Pedro I, que em terras lusitanas é conhecido como Dom Pedro IV de Portugal. No Brasil, Dom Pedro foi Imperador. Já em Portugal, Dom Pedro foi Rei.

O Monumento é dividido entre o Palácio de Queluz e os Jardins de Queluz, que preciso destacar, foi um caso de amor à primeira vista, é o jardim mais lindo que já vi e não queria ir embora, só ficar admirando tanta beleza.

O Palácio de Queluz foi construído em 1755, pelo arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, e era uma casa de veraneio para Dom Pedro de Bragança, que mais tarde se casou com a sua sobrinha, D. Maria I de Portugal. Depois da morte de Dom Pedro de Bragança, a D. Maria I, ficou louca e foi preciso ficar “encarcerada” na residência.

Foi só após o incêndio do Palácio da Ajuda, em 1794, que o Palácio de Queluz passou a ser a residência oficial do príncipe regente, Dom João VI, que se mudou com toda a sua família para o novo palácio. Que mais futuramente, se casou com Carlota Joaquina e são os pais de Dom Pedro I.

Saiba mais sobre o Palácio da Ajuda, clicando aqui.

A família real morou em Queluz, até a sua fuga para o Brasil em 1807, para fugir da invasão francesa. Em 1821, a família Real voltou para Portugal, porém Dom Pedro I ficou no Brasil e 1822, declarou a Independência do Brasil.

Em 1826, Dom João VI faleceu e Dom Pedro I foi aclamado Rei, porém, abdicou do cargo em favor da sua filha D. Maria II. Dois anos depois, D. Miguel, irmão de Dom Pedro I, aplica um golpe de estado para ser aclamado rei e toma o poder de D. Maria.

Consequentemente, em 1831, Dom Pedro I abdicou do cargo no Brasil, para voltar a Portugal e lutar pelo direito ao trono que pertencia a sua filha. O resultado disso, foi uma guerra civil que durou de 1832 a 1834 e deu o poder a D. Maria II.

Após um grave incêndio ocorrido em 1934, o qual destruiu o seu interior, o monumento foi extensivamente restaurado e, hoje, encontra-se aberto ao público.

O Palácio Nacional de Queluz, já foi ate mesmo chamado de “Versailles português”. Sendo comparado com o Jardim de Versailles da França.

No Palácio, existem pontos de grande interesse como: o Pavilhão D. Maria, que é onde chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal, ficam hospedados. A Jaula das Feras,onde eram alojadas leoas, tigres, macacos e outros animais exóticos da época.

O Corredor dos azulejos, que são painéis de azulejos que representam as quatro estações, os quatro continentes, cenas da mitologia clássica e cenas de caça. O Quarto Dom Quixote, que é onde nasceu e morreu Dom Pedro I e possui pinturas com cenas da vida de D. Quixote de la Mancha, de Cervantes.

Já os Jardins de Queluz, são de influência francesa, possuem vários jardins e bosquetes que são animados por jogos de água e por várias esculturas inspiradas na mitologia clássica.

As esculturas foram feitas pelo escultor inglês John Cheere. A maior coleção de Cheere fora da Inglaterra, está nos Jardins de Queluz. Todas as peças foram escolhidas e encomendadas por Dom Pedro em 1755 e por Marquês de Pombal em 1756.

São 15 esculturas espalhadas pelos jardins, cada uma com seus significados diferentes: O Monumento de D. Maria I, Marte, Minerva, Meleagro e Atalanta, Vertumno e Pomona, Primavera, Verão, Outono, Vénus e Adónis, Baco e Ariadne, Caim e Abel, Eneias e Anquises, Rapto de Proserpina, Apolo e Diana.

No Jardim, também é possível admirar, o Canal dos Azulejos, que é um canal que formava um espelho de água onde a família real passeava de barco ou gôndola. Foi construído em 1775 e os azulejos representam cenas galantes de caça, paisagens e temas bucólicos.

Hoje, no Palácio De Queluz está presente a Escola Portuguesa de Arte Equestre, que foi criada para promover o ensino e a prática da Arte Equestre tradicional da antiga Picaria Real. A Escola conserva os arreios e trajes do séc. XVIII, a equitação e a linhagem dos cavalos Lusitanos, da Coudelaria de Alter Real, que foi fundada em 1748.

Você consegue imaginar toda a história e representatividade que o Palácio e seus jardins possuem?

Veja o site oficial para mais informações, clicando aqui.

Sempre digo aqui, como me deixo levar pela história e fico imaginando os bailes, os encontros entre as personalidades reais. Imagino Dom Pedro I, galante e conquistador, passeando de gôndola pelo canal do azulejo. Admiro a luta pelo direito ao trono de D. Maria II.

E a cada vez que conheço mais da história, fico mais fascinada e querendo aprender mais. Recomendo que você também se deixe levar e estude mais sobre Portugal. Um país que tem nos recebido de braços abertos.

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