O Panteão Nacional está localizada na igreja de Santa Engracia e é onde se encontra os túmulos de grandes personalidades portuguesas.
A existência de um Panteão Nacional foi declarada em 1836 em um decreto realizado por Passos Manuel. O objetivo na época seria dignificar os heróis que se sacrificaram na Revolução de 1820 e não deixar que eles caíssem no esquecimento do povo.
Na época ainda não tinha um lugar definido onde seria o Panteão. E desde Abril de 1916 que o Panteão passou a ser na Igreja de Santa Engracia.
O Panteão Nacional foi aberto ao público pela primeira vez no dia 01 de Dezembro de 1966, quando finalmente acabou a obra de construção da igreja que durou 284 anos.
A missa de inauguração foi presidida pelo Cardel Cerejeira. Além de ter a presença do Presidente da República Américo Tomás.
O projeto do Panteão foi de Luís Amoroso Lopes, e o momumento foi o primeiro de estilo barroco em Portugal. É um projeto moderno, com vários pavimentos de mármore colorido.
No Hall de entrada do Panteão estão os cenotáfios das seguintes personalidades: Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama e do Infante D. Henrique.
Mas o que seria cenotáfio?? É um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido.
Ao continuar andando dentro do Panteão, existem outras três salas com os túmulos das personalidades portuguesas.
Sala I
Almeida Garret (1799 – 1854): Foi um escritor e político. Liberal, entusiasta da Revolução de 1820, foi o introdutor do Romantismo em Portugal através de uma vasta obra literária: Viagens na Minha Terra, Flores sem Fruto, Folhas Caídas.
João de Deus (1830 – 1896): Foi um grande poeta lírico e pedagogo. Esteve envolvido em campanhas de alfabetização e na criação de um inovador método de ensino da leitura às crianças.
Guerra Junqueiro (1850 – 1923): Integrou um movimento académico de Coimbra, Geração 70, para tentar a renovação da vida política e cultural portuguesa. Também foi poeta e escritor. E esteve envolvido na Implantação da República em 1910.
Amália Rodrigues (1920 – 1999): Foi uma fadista e atriz. Foi famosa pelas suas próprias composições e por interpretar grandes sucessos de Camões e Ary dos Santos. Foi uma das grandes cantoras do século XX.
Sala II
Humberto Delgado (1906 – 1965): Foi militar e político. Foi diretor do Secretariado da Aviação Civil e fundador da TAP. Também foi candidato a Presidência da República em 1958 e perdeu por fraude que deu a vitória a Américo Tomás. Foi assassinado em 1965, pela PIDE.
Aquilino Ribeiro (1885 – 1963): Foi um escritor romantista na primeira metade do século XX, teve êxito por usar termos rústicos, arcaicos e gírias em suas obras. Foi considerado para o prêmio Nobel da Literatura em 1960. Também foi fundador da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004): Foi uma das maiores poetas do século XX. Recebeu vários prêmios importantes: Grande Prémio de Poesia, Prémio Max Jacob, Prémio Rainha Sofia. Foi a primeira mulher a receber o Prémio Camões.
Eusébio da Silva Ferreira (1942 – 2014): Foi um dos melhores jogadores do século XX. Era conhecido como Pantera Negra, por causa do seu desempho e velocidade. Atuou na Seleção Portuguesa, ganhou Bola de Ouro em 1965, foi o maior marcador do Campeonato Mundial em 1966. Ganhou a Bota de Ouro em 1968 e 1973.
Sala III
Manuel de Arriaga (1840 – 1917): Foi o primeiro Presidente da República Portuguesa, constitucionalmente eleito em 24 de Agosto de 2011. Uma época de grande tensão nacional e internacional que iria desenrolar na Primeira Guerra Mundial. Foi, também, escritor, poeta e orador.
Teófilo Braga (1843 – 1924): Foi político, escritor, ensaísta. Liderou o Governo Provisório e o foi presidente em exercício em 1915. Foi um dos fundadores do partido Republicano. Suas obras Cancioneiro Popular e Contos Tradicionais do Povo Português são renomadas.
Sidónio Pais (1872 – 1918): Foi um matemático, professor catedrático, militar e político. Foi deputado, ministro do fomento, da guerra, das finanças e dos negócios estrangeiros. Foi embaixador de Portugal em Berlim, e foi presidente da República em após o golpe do estado de 1917. Foi assassinado em 1918, por um militar republicano.
Óscar Carmona (1869 – 1951): Foi um oficial da Cavalaria e depois Marechal, teve cargos de destaque nas Forças Armadas. Foi o 11ª Presidente da República em 1933, e o primeiro do Estado Novo.
Além das Salas, no Panteão tem pisos superiores onde é possível ter acesso ao Coro- Alto, Centro de Interpretação e ao Terraço.
O Terraço tem uma das vistas mais íncriveis de Lisboa e do Rio Tejo, não deixe de ir ao Panteão Nacional e ter a experiência completa. Vale a pena subir em todos andares: no centro de interpretação é possível ver maquetes da construção e de como é o Panteão.
O horário de funcionamento do Panteão é de Terça a Domingo: das 10h00 às 17h00 e o valor da entrada é de 4€. A entrada é gratuita aos domingos e feriados até às 14h00 para todos os cidadãos residentes em território nacional.
Adorei me aprofundar mais na história do Panteão e na história das personalidades que estão lá representadas. Experimentem mergulhar nessa história e depois me conte o que achou!
Até a próxima! 😉
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